Cerca de ¼ de todo o dióxido de carbono liberado pelo uso de combustíveis fósseis é absorvido pelo oceano, o que leva a uma mudança em seu pH e no equilíbrio do carbonato na água do mar. Se não houver uma ação rápida para reduzir as emissões de dióxido de carbono, essas mudanças podem levar a um impacto devastador em muitos organismos que possuem esqueletos, conchas e revestimentos, como os corais, os moluscos, os que vivem no plâncton, e no ecossistema marinho como um todo.
Levando em conta a capacidade da água de dissolver o dióxido de carbono, há uma proposta de se bombear esse gás para dentro dos oceanos, em águas profundas. Considerando-se o exposto no texto inicial e a proposta de bombeamento do dióxido de carbono nas águas profundas, pode-se concluir que esse bombeamento
a) favoreceria os organismos que utilizariam o carbonato oriundo da dissolução do gás na água para formar suas carapaças ou exoesqueletos, mas aumentaria o nível dos oceanos.
b) diminuiria o problema do efeito estufa, mas poderia comprometer a vida marinha.
c) diminuiria o problema do buraco da camada de ozônio, mas poderia comprometer a vida marinha.
d) favoreceria alguns organismos marinhos que possuem esqueletos e conchas, mas aumentaria o problema do efeito estufa.
RESPOSTA:
Letra B.
O gás carbônico é um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Se bombearmos CO2(g) em águas profundas, teremos estabelecidos os seguintes equilíbrios:
CO2(g) ←→ CO2(aq) CO2(aq) + H2O(l) ←→ HCO– 3(aq) + H+(aq)
Ocorreria um aumento da concentração de íons H+ que provocaria a dissolução de CaCO3(s), que é a substância essencial dos exoesqueletos marinhos:
CaCO3(s) + H+(aq) →← Ca2+(aq) + HCO– 3(aq) ou CaCO3(s) + H2O(l) + CO2(aq) →← Ca(HCO3)2(aq)
Essa atitude, embora diminuísse o efeito estufa, prejudicaria a vida marinha.
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