A síndrome mão-pé-boca é uma doença altamente contagiosa. É mais frequente em crianças de menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. Tem esse nome justamente porque as lesões que acarreta localizam-se nos pés, mãos e interior da garganta. Em nosso meio o agente etiológico mais frequente é o Coxsackievirus A16. Geralmente tem evolução autolimitada.
Transmissibilidade
- Os vírus que causam a doença podem ser encontrados em uma pessoa infectada:
- Secreções do nariz e garganta (como saliva, expectoração ou muco nasal).
- Fluido da bolha
- Fezes: como trocar fraldas de uma pessoa infectada, não lavar as mãos após uso do banheiro.
- Objetos e superfícies contaminados: como tocar nestes antes de lavar as mãos.
A transmissão se dá pela via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de
via respiratória (saliva), feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato cm as
fezes de pessoas infectadas ou então através de alimentos e de objetos contaminados.
Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante
aproximadamente quatro semanas.
Sinais e Sintomas:
O período de incubação é de 4 a 6 dias.
Geralmente a doença inicia-se com febre (38°C a 38°C). Apesar de pouco frequente
podem ocorrer casos sem febre. Um a dois dias após surgem aftas dolorosas e
gânglios aumentados no pescoço. A seguir, surge nos pés e nas mãos suma infecção
moderada sob a forma de pequenas bolhas não pruriginosas e não dolorosas, de cor
acinzentada com base avermelhada. Essas lesões podem aparecer também na área da
fralda (coxas e nádegas) e eventualmente podem coçar. Em geral, regridem
juntamente com a febre, entre 5 e 7 dias, mas as bolhas na boca podem permanecer
até quatro semanas. É comum que a criança também sofra de dores de cabeça e
acentuada inapetência.
Um a dois dias após o início da febre surge lesões característica na boca (Herpangina),
geralmente começam como pequenas manchas vermelhas, que podem A maioria dos
casos da SMPB ocorrem de forma benigna e autolimitada e as lesões regridem
espontaneamente e sem cicatrizes.
Complicações:
Nas crianças a desidratação é a complicação mais frequente em virtude da febre e da
ingesta inadequada de líquidos, devido a dor para engolir.
Outras complicações podem ocorrer, mas são raras, como meningite viral ou
"asséptica", encefalite e ou encefalomielite e Paralisia Flácida Aguda.
Diagnóstico:
O diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, localização e aparência das lesões. Em
alguns casos, os exames de fezes e a sorologia podem ajudar a identificar o tipo de
vírus causador da infecção.
Tratamento:
Não há tratamento específico, este deve ser sintomático.
Em geral, como ocorre com outras infecções por vírus, ela regride espontaneamente
depois de alguns dias. Por isso, na maior parte dos casos, o tratamento é sintomático
com antitérmicos e analgésico. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome
bastante líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
Prevenção:
Ainda não existe vacina contra a doença mão-pé-boca.
É importante adotar medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão
como:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente ao lidar com a criança doente, principalmente depois de trocar fraldas.
- Limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos, incluindo brinquedos.
- Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios com pessoas com problemas de mãos, pés e boca.
Recomendações:
- Nem sempre a infecção pelo vírus Coxsackie provoca todos os sintomas clássicos da síndrome. Há casos em que surgem lesões parecidas com aftas na boca ou as erupções cutâneas; em outros, a febre e a dor de garganta são os sintomas predominantes;
- Deve-se evitar a Ingestão de alimentos ácidos, muito quentes e condimentados. Dê preferência a alimentos pastosos;
- Crianças devem ficar em casa, sem ir à escola, enquanto durar a infecção;
Fonte: Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
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