Na ponta dos cromossomos há pequenos fragmentos de proteína e material genético chamados telômeros. Esse material genético é formado por uma sequência específica de nucleotídeos (TTAGGG, nos vertebrados), repetida muitas vezes.
Os telômeros protegem o cromossomo contra danos e permitem que a duplicação do DNA ocorra corretamente. Cada vez que uma célula se divide, os telômeros tornam-se ligeiramente mais curtos. Nas células germinativas, que originam gametas, e em algumas outras células do corpo que se dividem rapidamente, como as células-tronco, uma enzima, a telomerase, reconstitui as partes que vão sendo perdidas. Na maioria das células adultas, porém, a enzima está inativa e, caso os telômeros se percam totalmente, a célula perde a capacidade de divisão e pode morrer. Por isso, supõe-se que a diminuição dos telômeros possa estar relacionada com o número máximo de divisões que uma célula pode sofrer e com sua longevidade.
A telomerase está presente também na maioria das células cancerosas, que não morrem e passam a crescer de forma descontrolada. Assim, o estudo dos telômeros pode contribuir para o tratamento do câncer e para problemas derivados do envelhecimento do corpo.
Fontes de pesquisa: CANO, M. I. N. A vida nas “pontas” dos cromossomos. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 39, n. 229, p. 16-23, ago. 2006.
SINCLAIR, D. A.; GUARENTE, L. Desvendando os segredos dos genes da longevidade. Scientific American Brasil, ano 4, n. 47, p. 40-7, abr. 2006
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