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sexta-feira, 15 de abril de 2022

A descoberta das enzimas de restrição

Na década de 1960, os cientistas perceberam que recombinações do DNA ocorriam naturalmente no organismo, em alguns casos específicos, como quando rupturas no DNA por radiação ultravioleta eram reparadas. Começava então uma busca pela enzima capaz de promover esse “conserto”.

Em 1967, o pesquisador de origem tcheca Martin Gellert (1929-) e outros três grupos de pesquisadores, independentemente, purificaram a enzima DNA-ligase.

Em 1968, o microbiologista suíço Werner Arber (1929-), o químico estadunidense Daniel Nathans (1928-1999) e o médico estadunidense Hamilton Smith (1931-) descobriram as enzimas de restrição.

Em 1973, os estadunidenses Stanley Cohen (1935-) e Herbert Boyer (1936-) tentavam compreender como os plasmídeos podiam tornar as bactérias resistentes a antibióticos. Em conjunto com outros pesquisadores, eles usam a enzima de restrição EcoRI para cortar o DNA de dois plasmídeos, cada um capaz de conferir resistência a um antibiótico. Após unir os plasmídeos a outro DNA, com auxílio da DNA-ligase, introduzem a nova molécula na bactéria Escherichia coli e conseguem, com isso, uma bactéria resistente aos dois antibióticos.

Estava aberta a porta para as pesquisas com DNA recombinante e para a produção da primeira proteína humana produzida por essa técnica, a insulina, em 1973. Em 1974, camundongos transgênicos foram produzidos e em 1994 começava a comercialização dos alimentos transgênicos.

Fonte: Biologia Hoje.

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