Pegue um rádio portátil pequeno, ligado e sintonizado em uma estação. Embrulhe esse rádio em uma folha de jornal. Depois, desembrulhe e volte a embrulhá-lo em papel-alumínio, com várias voltas. O que ocorre de diferente? Como explicar os resultados desses dois experimentos?
RESPOSTA:
Mesmo embrulhado no papel-jornal, apesar de
ter a intensidade do som diminuída, continuamos a ouvir o rádio. Quando repetimos o experimento utilizando papel-alumínio, notamos
que o rádio deixa de transmitir o som. Isso ocorre porque o papel-alumínio se comporta como
uma gaiola de Faraday, impedindo que sejam
captados os campos eletromagnéticos que transportam os sinais.
As ondas eletromagnéticas são constituídas de
dois campos variáveis com o tempo, um elétrico e outro magnético, que se propagam através
do espaço. Quando a antena de um receptor de
rádio recebe essa onda, uma corrente elétrica é nela induzida. Essa corrente induzida é posteriormente amplificada para produzir o funcionamento do alto-falante. Quando o receptor está
envolto por papel-alumínio ou por uma rede
metálica, a corrente induzida encontra uma “superfície” repleta de elétrons e sofre uma dissipação, não encontrando um caminho para atingir
a antena. Assim, o radiorreceptor não consegue
sintonizar uma emissora. Observe que, ao ficar
envolto em papel-alumínio, o receptor de rádio
estará no interior de um condutor oco, onde o
campo elétrico é nulo e as cargas elétricas permanecem em equilíbrio.
No caso de substituirmos o papel-alumínio por
uma tela metálica, a dimensão da malha deve ser
menor que o comprimento de onda da onda eletromagnética que deveria atingir a antena receptora. Se for maior, a onda atravessará. Esse experimento pode ser realizado com os estudantes
utilizando dois celulares, uma folha de jornal e
papel-alumínio. Peça a um deles que ligue para o
celular que se encontra em cima de uma mesa, embrulhado em papel-jornal. Em seguida, peça que
volte a ligar, mas agora para o celular envolto em
papel-alumínio.
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