É causada pelo Clostridium tetani, também conhecido por bacilo de Nicolaier.
O bacilo do tétano pode ser encontrado sob a forma de esporo (uma forma de resistência) nos mais variados ambientes: pregos enferrujados, latas, água suja, galhos, espinhos e no solo, principalmente quando tratado com adubo animal, pois esse bacilo se faz presente nas fezes dos animais, principalmente nas dos cavalos.
Os esporos penetram em nosso organismo através de um ferimento na pele provocado por algum acidente, por queimaduras mal cuidadas, infecções dentárias e outros. Como o bacilo do tétano em sua forma vegetativa é anaeróbico estrito (não sobrevive em presença de O2), quanto mais profundo o ferimento, isto é, quanto mais livre do contato com o ar, maior a probabilidade de o bacilo proliferar.
A doença caracteriza-se por contrações e espasmos (contrações súbitas e involuntárias) dos músculos do rosto, da nuca, da parede do abdome e dos membros. Esses espasmos são resultantes da ação da toxina produzida pelo bacilo sobre o sistema nervoso. As convulsões provocam asfixia temporária, que pode evoluir para parada respiratória e, consequentemente, levar à morte.
No recém-nascido, o bacilo pode penetrar também pelo cordão umbilical, quando este é cortado com instrumentos não esterilizados ou quando se coloca estrume de vaca, fumo ou outras substâncias contaminadas no umbigo da criança, a título de “curativo”, hábito que infelizmente ainda é praticado em certas regiões, especialmente na zona rural.
Ferimentos profundos ou provocados por instrumentos perfurantes reque rem observação médica . Se o indivíduo ferido tiver sido vacinado contra o tétano, a aplicação de um reforço da vacina será suficiente para elevar a concentração de anticorpos ao nível adequado de proteção. Esse reforço não é necessário se a última vacinação ocorreu há menos de um ano. Evidentemente, são necessários também cuidados no tratamento da ferida: limpeza com água e sabão, retirada de corpos estranhos e uso de antissépticos.
Se o indivíduo não tiver sido vacinado, o tratamento é feito com o soro antitetânico e antibióticos, sob orientação médica. Posteriormente, será aplicada a vacina antitetânica.
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