Doença grave que tem como agente etiológico um bacilo anaeróbio, o Clostridium botulinum, também conhecido por bacilo do botulismo. Sua transmissão se faz pela ingestão de certos tipos de alimentos, geralmente enlatados e conservas, contendo a toxina botulínica, substância altamente tóxica produzida por esses bacilos.
O bacilo do botulismo é encontrado como saprófita
no solo e no intestino de herbívoros e de peixes.
No preparo de certos alimentos, como carnes, peixes,
palmito em conserva, salsichas, compotas, geleias
e outros, se a esterilização não for feita de forma
correta e adequada, poderá haver proliferação do
C. botulinum com produção de toxina que, mesmo
em pequena concentração, torna tóxico o alimento,
sem deterioração aparente: a lata de conserva, por
exemplo, poderá apresentar-se “estufada” ou não,
assim como o cheiro e o gosto poderão estar ou não
alterados.
Uma vez ingerido o alimento contaminado, os efeitos
da toxina botulínica se manifestam rapidamente
(de 2 a 48 horas). Seu mecanismo de ação consiste
em bloquear a liberação da acetilcolina nas sinapses
neuromusculares.
A doença caracteriza-se por vômitos, prisão de
ventre, sede, dificuldade de deglutição e da fala,
além de paralisia respiratória, sobrevindo a morte
de 20% a 70% dos casos.
A profilaxia consiste essencialmente em controlar a
esterilização dos alimentos em conserva e evitar a
ingestão de alimentos enlatados, cujas embalagens
estejam “estufadas”.
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