Outro fator de fundamental importância na manutenção do equilíbrio térmico na Terra são os oceanos.
O aquecimento dos oceanos acontece de forma diferente daquela descrita para a troposfera. Enquanto a troposfera é aquecida de baixo para cima, os oceanos são aquecidos da superfície para o fundo.
A energia solar que incide sobre os oceanos é parcialmente transformada em calor, que é refletido ou transmitido, principalmente por meio da turbulência gerada pelas ondas, para as camadas de água mais profundas (até cerca de 100 m de profundidade).
Além da distribuição vertical do calor até cerca de 100 m de profundidade, as correntes oceânicas superficiais redistribuem horizontalmente o calor absorvido e transferem esse calor para a atmosfera, determinando alterações locais no clima.
Nos oceanos, a variação diária da temperatura é geralmente inferior à que ocorre no continente. Além disso, eles retêm mais calor e se aquecem mais lentamente que o solo terrestre. Devido a isso, os oceanos contribuem de modo efetivo na moderação do clima, uma vez que a reserva de calor nas águas adquirida nos meses mais quentes é, em parte, dissipada nos meses mais frios.
Além de reter e de distribuir calor, os oceanos também participam do controle da temperatura do planeta de outra maneira: eles retiram do ar atmosférico
cerca de um terço do CO2
proveniente da atividade
humana, o que reduz a quantidade desse gás no ar e
consequentemente diminui o efeito dele no fenômeno de aquecimento global. No entanto, ao retirar esse
CO2 em excesso do ar, ocorre a acidificação da água
em função da reação entre esse gás e a água, formando ácido carbônico. A acidificação traz problemas
para algas calcárias e animais que têm exoesqueleto
calcário, pois a reação do calcário com o ácido carbônico promove a descalcificação nesses organismos, o
que pode levá-los à morte.
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