É uma doença grave que, se não tratada, pode generalizar-se pelo organismo e atingir o sistema nervoso, os pulmões, o fígado, o coração e outros órgãos.
É causada pelo espiroqueta Treponema pallidum, transmitida, principalmente, pelo contato sexual. A sífilis, portanto, é mais uma doença do grupo das DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). A transmissão também pode ocorrer por meio de transfusões sanguíneas e através da placenta (a mãe infectada pode transmitir a doença ao filho, durante a vida intrauterina). Neste último caso, a sífilis pode provocar aborto, lesões no fígado, nos ossos e no sistema nervoso do bebê, surdez ou mesmo parto de feto morto (natimorto).
A primeira manifestação da sífilis (fase primária da doença) ocorre cerca de duas ou três semanas após a infecção, quando o Treponema já se espalhou por todo o organismo: uma ferida de borda endurecida e normalmente indolor, chamada de “cancro duro”, aparece nos órgãos sexuais, na boca ou em outras partes do corpo. Essa ferida desaparece mesmo sem tratamento e, por isso, muitas vezes, o indivíduo não procura orientação médica.
Após um período que varia entre um e três meses desde o desaparecimento do “cancro duro”, surgem manchas avermelhadas por todo o corpo, dor de cabeça, feridas na boca e na garganta: é a fase secundária da doença.
Os sintomas da fase secundária também regridem depois de certo tempo, mas, caso não seja tratada, a doença entra na etapa em que passa a afetar diversos órgãos: é a fase terciária, que pode manifestar-se muitos anos depois da fase secundária.
Na fase terciária, o sistema nervoso central e o coração são os órgãos mais frequentemente atacados, e o resultado pode ser cegueira, insanidade mental, doenças cardíacas, paralisia e morte.
O diagnóstico da doença, no seu período inicial, pode ser feito pela descoberta direta do Treponema nas lesões da pele. Na sífilis mais adiantada, só o exame de sangue permite o diagnóstico conclusivo. Um dos exames muito utilizados é o teste conhecido por VDRL (venereal disease research laboratory). O tratamento da doença é feito com antibióticos, sempre sob orientação médica.
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