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terça-feira, 1 de junho de 2021

Os Experimentos de Redi

Francesco Redi (1626-1697), filósofo da natureza italiano, não aceitava a ideia da geração espontânea dos seres vivos. Na época, os adeptos dessa ideia usavam como argumento a favor dela o nascimento espontâneo de “vermes” na carne em decomposição.

Redi questionou essa interpretação e formulou a hipótese de que esses “vermes” surgiam de ovos colocados por moscas atraídas pela carne podre. Eles seriam, na verdade, larvas que fazem parte do ciclo de vida das moscas.

Visando testar sua hipótese, Redi realizou experimentos, publicados em 1668, usando oito frascos de vidro com pedaços de carne dentro de cada um deles. Deixou quatro dos frascos abertos, como grupo controle, e cobriu com gaze os outros quatro, que formavam o grupo experimental. A gaze permitia a entrada de ar, mas impedia a entrada de insetos, como as moscas.
                        

Depois de algum tempo verificou que, nos frascos cobertos com gaze, os pedaços de carne estavam em decomposição e exalavam mau cheiro, mas não apresentavam larvas. Já nos frascos totalmente abertos, os pedaços de carne apresentavam as mesmas características dos que estavam cobertos, mas havia larvas sobre eles. Como a única diferença entre os grupos era o isolamento ou não da carne, proporcionado pela gaze, Redi concluiu que as larvas não tinham origem na carne, mas sim nos insetos, o que corroborava sua hipótese. Para consolidar esses resultados, ele se preocupou em fazer réplicas do experimento.

Com esses experimentos, Redi conseguiu refutar a ideia da origem espontânea dos vermes a partir de carne podre, mas outras questões ficaram em aberto. Para outros casos, como a origem dos vermes encontrados dentro das frutas, Redi não tinha explicação e admitia, para eles, a geração espontânea.

Fonte: Livros de Sônia Lopes Sergio Rosso.

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