Como a energia hidrelétrica e a energia nuclear podem ser aproveitadas? Como elas têm sido utilizadas no Brasil e no mundo? Quais são as vantagens e desvantagens da utilização dessas formas de energia?
RESPOSTA (SUGESTÃO):
O Sol faz a água evaporar e depois cair em forma
de chuva, abastecendo rios, represas e lagos. A energia hidrelétrica pode ser gerada por quedas-d’água
e por barragens que represam as águas do rio e
formam grandes reservatórios de água. A queda da
água faz girar as rodas de turbinas, gerando energia
elétrica. Ao contrário da energia obtida com a queima do petróleo, a energia hidrelétrica não polui o
ar e emprega um recurso natural renovável. No entanto, nem todos os países possuem recursos hídricos suficientes. Além disso, a construção de usinas
hidrelétricas pode resultar em alagamento de grandes áreas, gerando desequilíbrios ambientais e extinção de espécies selvagens. Ainda, para que seja
possível gerar energia nessas usinas, é necessário
que os reservatórios tenham volume suficiente de
água para acionar as turbinas. Por isso, a falta de
chuvas em certas épocas do ano pode trazer problemas. No Brasil, mais de 95% da energia elétrica
provém das usinas hidrelétricas e muitos acham
que essa grande dependência pode causar problemas para o abastecimento de energia. Outro problema é a localização dos recursos hídricos ainda
disponíveis, que estão longe das áreas de maior
consumo de energia, o que exige grandes investimentos na construção de linhas de transmissão.
A energia nuclear origina-se do núcleo dos átomos
radioativos, como o urânio. Quando seu núcleo é
bombardeado por nêutrons, esses átomos radioativos se partem em átomos menores e emitem
energia na forma de radiação. Esse processo é chamado fissão nuclear.
Dependendo da massa de átomos submetida à
fissão, entre outros fatores, a energia liberada é
capaz de provocar uma enorme explosão. Por isso,
pode ser usada na produção de bombas atômicas.
Mas a fissão nuclear também pode ser aproveitada como fonte de energia nas usinas nucleares. O
calor liberado na fissão aquece a água, transformando-a em vapor. O vapor movimenta uma turbina, que gera energia elétrica. Um dos problemas
da energia nuclear é o risco de acidentes que trazem graves consequências, já que as radiações
podem provocar câncer e doenças genéticas.
Além disso, o funcionamento da usina nuclear
produz elementos radioativos, que devem ser armazenados por longos períodos e não podem
escapar para o ambiente. A energia nuclear pode ser liberada também quando dois núcleos se
unem e formam outro núcleo maior. É o processo
conhecido como fusão nuclear, que ocorre sob as
altas temperaturas encontradas no Sol e em outras estrelas. Na parte central do Sol, a cada segundo, milhões de toneladas de hidrogênio são
convertidos em hélio por fusão nuclear. A fusão
nuclear pode ser utilizada nas bombas de hidrogênio, mas a ciência ainda não conseguiu empregá-la na liberação de energia de forma controlada
em usinas nucleares. Uma esperança para diminuir a poluição nas grandes cidades é o uso do gás
hidrogênio como combustível em carros e ônibus.
Como a reação do hidrogênio com o oxigênio
produz apenas água, os veículos deixariam de
poluir o ar. No entanto, a produção de hidrogênio
precisa de energia e, dependendo da fonte utilizada, continuaria a existir poluição do ar no local
de produção do hidrogênio.
Ao contrário da energia liberada pela queima de
combustíveis fósseis, a energia nuclear não contribui para o aquecimento global, pois não produz
gás carbônico; também não aumenta a poluição
do ar, pois não produz monóxido de carbono, dióxido de enxofre ou outros gases tóxicos. Muitos
consideram que essa forma de produção de energia é a opção ideal para os países que têm pouca
disponibilidade de recursos para investir em outras formas de energia, como a hidrelétrica. Mas
a energia nuclear apresenta pelo menos um problema: o risco de acidente como o que ocorreu na
Ucrânia, quando uma usina liberou na atmosfera
grande quantidade de partículas radioativas.
Essas partículas podem ser extremamente prejudiciais ao ambiente, pois provocam danos irreversíveis aos seres vivos. O estrôncio-90, por exemplo,
quando liberado em testes nucleares ou em vazamentos de usinas, permanece no ambiente por
cerca de 29 anos (duração de sua meia-vida) e
pode penetrar nas cadeias alimentares, acumulando-se nos organismos vivos e provocando leucemia. Os defensores do uso da energia nuclear
argumentam que os riscos podem ser bastante
reduzidos quando a construção dos reatores obedece aos rígidos padrões prescritos e a manutenção deles é adequada. Mas há também o problema
do armazenamento do lixo atômico, ou seja, dos
resíduos radioativos produzidos nas usinas nucleares. Em geral, esse lixo é armazenado em recipientes de cimento ou aço que previnem que o material
entre em contato com o ambiente.
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