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terça-feira, 1 de junho de 2021

Teorias da origem da vida

Na Antiguidade, doutrinas da Índia, da Babilônia e do Egito apontavam que rãs, serpentes e crocodilos eram manifestações da vontade dos deuses e gerados de modo espontâneo a partir do lodo dos rios. De interpretações como essa desenvolveu-se a ideia da geração espontânea, segundo a qual todos os seres vivos originam-se espontaneamente da matéria inorgânica. Até mesmo receitas para formar seres vivos foram criadas, como a de Jan Baptist van Helmont (1577-1644), um filósofo da natureza belga. Ele ensinava a produzir ratos a partir de uma camisa suada e suja colocada com grãos de trigo em um local protegido. Sabemos hoje que os ratos eram atraídos pelos grãos de trigo, e não surgiam espontaneamente da mistura proposta pela receita, mas, na época, interpretações como essa eram comuns.

Embora ideias opostas à geração espontânea já tivessem surgido na Antiguidade, a noção de que os seres vivos nascem da matéria bruta permaneceu até o século XIX. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.), por exemplo, um importante filósofo da Antiguidade cujas ideias influenciaram diversas áreas do conhecimento aceitava a ideia da geração espontânea para alguns casos, mas não para outros. Ele estudou detalhadamente a anatomia e o processo de reprodução sexuada de vários animais e, nesses casos, dizia que esses animais surgiam apenas por reprodução a partir de outros animais já existentes. Para aqueles seres cujo processo de reprodução ele desconhecia, aceitava a geração espontânea. Somente em meados do século XVII, começaram a surgir experimentos para testar tanto ideias a favor da geração espontânea quanto contra ela. Vamos fazer uma análise de alguns desses experimentos e procurar entender as mudanças na interpretação do mundo vivo ao longo do tempo

Fonte: Livros de Sônia Lopes Sergio Rosso.

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