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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Diencéfalo

É a região do encéfalo formada pelo tálamo e pelo hipotálamo.

O tálamo é uma região de substância cinzenta que atua como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Ele é responsável pela condução dos impulsos às regiões apropriadas do cérebro em que eles devem ser processados.

O hipotálamo, também constituído por substância cinzenta, faz a ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino, atuando na ativação de diversas glândulas endócrinas. O hipotálamo controla as nossas emoções, o apetite, o sono e o nosso comportamento sexual. É também no hipotálamo que estão os centros nervosos que regulam a nossa temperatura corporal e o equilíbrio hídrico do corpo.

Vitamina A (Axeroftol, Retinol)

É encontrada principalmente no leite e em seus derivados, na gema do ovo e nos óleos de fígado de peixes. Nos vegetais, como o mamão, a cenoura, a abóbora e outros de coloração amarelo-alaranjada, ela é encontrada sob a forma de provitamina A (caroteno).

Essa vitamina é importante para o crescimento normal do organismo, para a função visual (sendo, por isso, chamada, às vezes, vitamina da visão) e também para a manutenção da integridade do tecido epitelial.

Seu papel no crescimento de animais, inclusive do homem, consiste em estimular a ossificação por meio da síntese de ácido condroitin-sulfúrico, que é uma glicoproteína que faz parte da matriz óssea (substância intercelular do tecido ósseo).

Nos nossos olhos, a vitamina A é importante para a formação da rodopsina (púrpura visual), pigmento que tem a finalidade de aumentar a sensibilidade da retina à luz. Sabemos que a transformação da energia luminosa em impulso nervoso tem lugar na retina (camada mais interna do olho) e depende de reações químicas que se passam envolvendo pigmentos fotossensíveis aí existentes. Um desses pigmentos é a rodopsina, formada por uma proteína e por um radical, chamado retineno, derivado da vitamina A.

Em presença de luz, a rodopsina é desdobrada em retineno e proteína. Nessa “quebra”, parte do retineno é perdida. Na obscuridade, ocorre a síntese da rodopsina. Como parte do retineno é perdida na reação de “quebra” da rodopsina, a síntese desse pigmento visual depende de outras fontes de retineno. Essas fontes são as moléculas de vitamina A.
Em diferentes situações, somos capazes de perceber os efeitos das reações descritas no quadro anterior. Por exemplo: quando passamos de um lugar claro (com muita iluminação) para outro escuro (com pouca ou nenhuma iluminação), costumamos ficar temporariamente “cegos”. Entretanto, após alguns segundos, tempo necessário para que, na nossa retina, se formem os pigmentos de rodopsina, a nossa visão torna-se mais nítida. Isso acontece, por exemplo, quando entramos numa sala de projeção em que o filme já tenha começado. Se, ao contrário, passamos rapidamente de um lugar escuro para outro muito claro, é comum os nossos olhos ficarem temporariamente ofuscados até que a luz que está entrando neles destrua o excesso de rodopsina que está hipersensibilizando a retina e, só então, a nossa visão volta a se normalizar.

Um indivíduo que não consegue produzir uma taxa adequada de rodopsina não conseguirá enxergar bem em ambientes mal iluminados. Como para produzir a rodopsina é necessária a vitamina A, indivíduos carentes dessa vitamina podem apresentar hemeralopia (“cegueira noturna”), doença que se caracteriza pela dificuldade de enxergar em locais pouco iluminados.

A integridade do tecido epitelial de revestimento encontrado em nossa pele e mucosas, bem como a do tecido epitelial glandular, também depende da vitamina A. A carência dessa vitamina torna a pele áspera, com descamações e erupções que geralmente aparecem primeiro nos membros superiores e depois se estendem por todo o corpo. Também pode ocorrer atrofia nas glândulas, por exemplo nas glândulas lacrimais. O comprometimento das nossas glândulas lacrimais por deficiência de vitamina A leva a uma diminuição na produção de lágrimas, com consequente ressecamento da córnea: é a chamada xeroftalmia (“olho ressecado”), que causa ulcerações e a perda da transparência da córnea e, em virtude disso, a cegueira. Por essa razão, a vitamina A também é conhecida como a vitamina antixeroftálmica.  

Nocividades dos Fungos

• Algumas espécies produzem toxinas prejudiciais ao nosso metabolismo e, por isso, tornam-se venenosas quando ingeridas, causando distúrbios hepáticos e intestinais. As aflatoxinas, por exemplo, são produzidas por diversos fungos, em especial o Aspergillus flavus. Esse fungo é um bolor que ataca as sementes de muitas leguminosas (feijão, soja, amendoim) e gramíneas (milho, arroz, trigo). As sementes emboloradas usadas na produção de ração animal têm causado graves intoxicações, lesões hepáticas e até a morte dos mais variados animais, como aves, porcos e bezerros. 

• Algumas espécies produzem substâncias alucinógenas, como a ergotamina (substância da qual se sintetiza o LSD) fabricada pelo ascomiceto Claviceps purpurea.

• Muitas formas de alergias que afetam o sistema respiratório são provocadas por esporos de fungos existentes na poeira, especialmente os dos gêneros Penicillium e Aspergillus. 

• Muitas espécies parasitam plantas, causando doenças conhecidas genericamente por fitomicoses, que trazem muitas vezes grandes prejuízos às plantações. Entre essas fitomicoses, pode-se citar a ferrugem do café, o cancro da maçã e a podridão da batata.

• Muitas espécies são agentes etiológicos de várias doenças que acometem o homem e outros animais. Essas doenças causadas por fungos são chamadas genericamente de micoses.  Veja a seguir alguns exemplos de micoses que acometem a espécie humana:

MICOSES E FUNGOS CAUSADORES
Sapinho (candidíase) – Candida albicans 
Frieira (pé de atleta, Tinea pedis) – Trichophyton purpureum P
elada (quebra dos pelos) – Piedraia hortai 
Aspergilose pulmonar – Aspergillus fumigatus 
Micoses da pele – Epidermophyton floccosum

Utilidades dos Fungos

• Atuam como decompositores, tendo, portanto, papel importante na reciclagem da matéria nos ecossistemas e no enriquecimento do meio abiótico com nutrientes minerais, indispensáveis ao desenvolvimento dos produtores.

• Alguns vivem associados com raízes de plantas formando as micorrizas, relação em que há uma troca mútua de benefícios. As raízes das plantas absorvem parte dos nutrientes minerais provenientes da degradação dos restos de matéria orgânica do solo realizada pelos fungos e, em troca, as plantas cedem açúcares produzidos pela fotossíntese para os fungos. Esse tipo de associação tem uma importância relevante na agricultura, uma vez que disponibiliza mais nutrientes minerais para o desenvolvimento das plantas cultivadas.

• Muitas espécies são utilizadas na alimentação, como acontece com o basidiomiceto Agaricus campestris (champignon) e o ascomiceto Morchella esculenta.

• Muitas espécies fermentadoras são utilizadas industrialmente na produção de certos tipos de queijos (Camembert, Roquefort, Gorgonzola) e bebidas alcoólicas (cervejas, vinhos). Certas leveduras, conhecidas também por fermentos biológicos, são utilizadas na fabricação de pães, bolos e biscoitos.

• Algumas espécies servem como matéria-prima para a extração de drogas de interesse médico-farmacêutico. É o caso, por exemplo, dos fungos utilizados na fabricação de antibióticos.

• Muitas espécies se constituem ótimo material para estudo do código genético, ação gênica e recombinação genética, e, por isso, são muito utilizadas em Genética, Citologia e Bioquímica.

Os antibióticos

Por volta de 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, a medicina deu um largo passo na luta contra as bactérias. Nessa época, os antibióticos passaram a ser usados com sucesso contra diversos tipos de bactérias, salvando a vida de milhares de soldados, que, certamente, teriam morrido devido às infecções dos ferimentos causados em combate.

A descoberta dos antibióticos, entretanto, é um pouco mais antiga. A história teve início em 1928, quando o escocês Alexander Fleming observou que bactérias não haviam crescido em um meio de cultura contaminado por fungos. Fleming deduziu, então, que o fungo deveria produzir alguma substância que impedia o desenvolvimento e a multiplicação das bactérias. Cerca de dez anos depois, tal substância foi realmente isolada de um tipo de fungo, o Penicillium notatum, recebendo o nome de penicilina. Com o passar do tempo, vários outros antibióticos foram isolados de outros tipos de fungos, enquanto outros foram fabricados sinteticamente em laboratórios.Os antibióticos podem exercer ação bactericida (matando as bactérias) ou bacteriostática (impedindo a multiplicação das bactérias).

Embora sejam armas poderosas, os antibióticos só devem ser usados sob prescrição médica. Tais medicamentos somente serão eficientes quando usados por um tempo determinado e numa dosagem correta.

O uso indiscriminado dos antibióticos pode trazer como consequências:
• Crises alérgica s (anafilaxia ) d e vido a uma hipersensibilidade (aumento da sensibilidade do organismo em relação a uma substância com a qual o organismo já estivera em contato). 
• Alteração e destruição da microbiota bacteriana normal do corpo. Lembre-se de que muitas dessas bactérias são úteis ao nosso organismo, como as que vivem em nosso intestino produzindo certos tipos de vitaminas. 
• Seleção de bactérias portadoras de genes para resistência à droga, isto é, seleção de mutantes resistentes. Nesse caso, o antibiótico destruirá quase toda a população de bactérias. Apenas os mutantes resistentes não serão destruídos. Reproduzindo-se com grande rapidez, os mutantes originam, em pouco tempo, uma nova população de bactérias constituída por indivíduos resistentes ao antibiótico em questão. 

O antibiograma é um método importante para se determinar a ação dos antibióticos sobre as bactérias. Por meio dele, pode-se determinar a sensibilidade ou resistência das bactérias aos diversos tipos de antibióticos. Em alguns casos, o antibiograma permite também detectar a presença de mutantes já resistentes à droga. De uma maneira bem resumida, o método consiste em colocar uma amostra do material contaminado do paciente (urina, escarro ou outros) num meio de cultura contendo pequenos discos de papel embebidos em diferentes tipos de antibióticos. O material é colocado numa estufa a 37 °C e, após 24-48 horas, faz-se a leitura: se ao redor dos discos de papel aparecem halos claros, onde não existem colônias de bactérias, significa que as bactérias são sensíveis àqueles antibióticos, motivo pelo qual não cresceram ao redor dos discos; se ao redor dos discos aparecem colônias de bactérias, significa que as mesmas são resistentes aos antibióticos, daí o crescimento delas ao redor dos discos. Veja a seguir o esquema e a interpretação dos resultados de um antibiograma:



Antibiograma – Quanto maior for a eficácia do antibiótico, maior será o halo claro ao redor do disco de papel (maior será a área de bactérias destruídas ao redor do disco). No exemplo acima, C, R e O são os antibióticos mais eficientes contra as bactérias, que são resistentes aos antibióticos S, T.