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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Nucléolo

Há no interior do núcleo uma região mais densa, não delimitada por membrana, que se cora mais intensamente com corantes básicos. Essa região corresponde ao nucléolo, local de intensa transcrição de um dos tipos de ácido nucleico: o ácido ribonucleico ribossômico (RNAr). Essa síntese ocorre em certas regiões de determinados cromossomos, denominadas regiões organizadoras do nucléolo, onde estão os genes responsáveis por esse processo.
Esquema da organização do nucléolo e da formação de ribossomos.

Logo após sua síntese, o RNAr associa-se a proteínas, formando grãos de ribonucleoproteínas, que comporão os ribossomos. Esses grãos permanecem por algum tempo próximos ao local de sua síntese e depois saem do núcleo em direção ao citoplasma, passando através dos poros do envelope nuclear. Enquanto isso, novos grãos vão sendo formados no nucléolo, repondo os que estão saindo do núcleo. O nucléolo corresponde, portanto, a uma região de grande concentração de ribonucleoproteínas e de RNAr.

O efeito dos oceanos no clima

Outro fator de fundamental importância na manutenção do equilíbrio térmico na Terra são os oceanos.

O aquecimento dos oceanos acontece de forma diferente daquela descrita para a troposfera. Enquanto a troposfera é aquecida de baixo para cima, os oceanos são aquecidos da superfície para o fundo.

A energia solar que incide sobre os oceanos é parcialmente transformada em calor, que é refletido ou transmitido, principalmente por meio da turbulência gerada pelas ondas, para as camadas de água mais profundas (até cerca de 100 m de profundidade).

Além da distribuição vertical do calor até cerca de 100 m de profundidade, as correntes oceânicas superficiais redistribuem horizontalmente o calor absorvido e transferem esse calor para a atmosfera, determinando alterações locais no clima.
Mapa das principais correntes oceânicas, as quais exercem profundo efeito sobre o clima. A corrente do Golfo, que é quente, propicia temperaturas mais moderadas na Europa do que as da América do Norte em latitudes semelhantes. A costa do Brasil recebe influência da corrente do Brasil, que é quente. A corrente do Peru, que é fria, influencia o clima mais frio da costa ocidental da América do Sul, em comparação com a costa oriental, na mesma latitude. Nos continentes, o mapa mostra os tipos de clima, representados por cores distintas (veja legenda abaixo do mapa) e também algumas cidades e capitais de países.

Nos oceanos, a variação diária da temperatura é geralmente inferior à que ocorre no continente. Além disso, eles retêm mais calor e se aquecem mais lentamente que o solo terrestre. Devido a isso, os oceanos contribuem de modo efetivo na moderação do clima, uma vez que a reserva de calor nas águas adquirida nos meses mais quentes é, em parte, dissipada nos meses mais frios.

Além de reter e de distribuir calor, os oceanos também participam do controle da temperatura do planeta de outra maneira: eles retiram do ar atmosférico cerca de um terço do CO2 proveniente da atividade humana, o que reduz a quantidade desse gás no ar e consequentemente diminui o efeito dele no fenômeno de aquecimento global. No entanto, ao retirar esse CO2 em excesso do ar, ocorre a acidificação da água em função da reação entre esse gás e a água, formando ácido carbônico. A acidificação traz problemas para algas calcárias e animais que têm exoesqueleto calcário, pois a reação do calcário com o ácido carbônico promove a descalcificação nesses organismos, o que pode levá-los à morte.

Bicho-geográfico

Algumas espécies de nematódeos que parasitam o intestino de cães e gatos (Ancylostoma braziliensis e Ancylostoma caninum) produzem larvas que podem penetrar na epiderme humana e deslocar-se através dela, abrindo túneis (que lembram o traçado de um mapa) e provocando intensa coceira. Essa doença é chamada larva migrans cutânea, bicho-geográfico, dermatite pruriginosa ou bicho-das-praias (pois é comum em praias poluídas por fezes de cães e gatos).

Lesão de pele causada por bicho-geográfico.

A prevenção consiste em impedir o acesso de animais a praias e também a tanques de areia em escolas e parques onde brincam crianças. Devem-se realizar exames periódicos nos animais para verificar se estão contaminados e eliminar o verme com medicamentos. O ideal também é andar de chinelos na praia e sentar-se em cadeiras ou toalhas, de modo que seja evitado o contato da pele com a areia. Há medicamentos que matam as larvas.

Basidiomicetos

Nesse grupo estão os fungos mais conhecidos popularmente, chamados cogumelos e orelhas-de- -pau . Alguns, como o Agaricus campestri (conhecido pelo nome francês de champignon), são comestíveis; outros, como o Amanita muscaria, são tão venenosos que a ingestão de um pequeno pedaço pode causar a morte. Há ainda cogumelos como o Psilocybe mexicana, que são tóxicos e contêm substâncias alucinógenas. Algumas espécies atacam os vegetais, como os cereais e o café, causando as ferrugens, doenças que provocam grandes prejuízos à agricultura .
Embora possam se reproduzir assexuadamente (pela formação de esporos), a reprodução sexuada é mais frequente e ocorre pela fusão de hifas, que crescem e dão origem ao basidiocarpo (do grego basis = base), corpo frutífero que, em algumas espécies, tem a forma de chapéu (cogumelo).

No basidiocarpo, por meiose, são produzidos esporos (basidiósporos), que, quando liberados, espalham-se no ambiente. Encontrando o substrato adequado, os esporos germinam; e o ciclo se reinicia.

Reprodução de um basidiomiceto.
As hifas têm entre 5 µm e 10 µm de diâmetro.
(Esquema sem escala; cores fantasia.)

Micorrizas

São associações de fungos (a maioria basidiomicetos) com as raízes de muitas espécies de plantas. As hifas envolvem as raízes das plantas ou penetram em suas células.
Micorriza (os elementos da ilustração não estão na mesma escala; cores fantasia).

Com isso, o fungo aumenta a superfície de absorção de água e sais minerais das raízes, além de converter certos sais minerais em formas mais facilmente absorvidas pelas plantas. Em troca, a planta fornece substâncias orgânicas ao fungo. Em geral, as plantas não crescem tão bem – e, às vezes, até morrem – se forem privadas da associação com o fungo, principalmente em solos pobres em sais minerais.