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sábado, 9 de abril de 2022

Fraturas e outros problemas nos ossos

Quando um osso se quebra, dizemos que ocorreu uma fratura. No local da fratura ocorre hemorragia, por causa de lesões dos vasos sanguíneos, destruição da matriz e morte de células ósseas.

As células do periósteo e do endósteo multiplicam-se e diferenciam-se em osteoblastos e produzem um tecido que depois sofrerá ossificação, formando um calo ósseo, um tecido ósseo imaturo, que une as partes quebradas. Ao mesmo tempo, macrófagos e osteoclastos removem coágulos e células mortas. Com o tempo, a matriz volta a se organizar em sistemas de Havers.

Se houver fratura ou suspeita de fratura, não se deve tentar colocar o osso “no lugar”. A vítima deve permanecer imóvel, e os primeiros socorros devem ser prestados por alguém preparado para isso. Em geral, a região fraturada é imobilizada com auxílio de gesso ou de aparelhos especiais. As partes quebradas são mantidas próximas umas das outras para que o osso possa se reconstituir.

Radiografia de perna mostrando fratura da tíbia e da fíbula.

Além das fraturas, que geralmente são causadas por acidentes, outros problemas nos ossos podem ser causados por má alimentação, sedentarismo, falta de exposição ao sol, entre outras causas.

A desnutrição é a principal causa da deficiência de crescimento. Em crianças, a falta de vitamina D, que promove a absorção do cálcio dos alimentos no intestino, provoca o raquitismo: os ossos não crescem normalmente e os ossos longos das pernas, ainda com cartilagem de conjugação, deformam-se com o peso do corpo. Boa alimentação, com quantidade adequada de cálcio e vitamina D, e prática adequada de esportes ou de atividade física ajudam no crescimento e fortalecem os ossos

Para os jovens em fase de crescimento, o ideal é praticar algum esporte ou atividade física regular, mas sem excessos: caminhadas, natação, bicicleta, corrida, futebol.

A atividade física regular, orientada por especialistas, ajuda também a prevenir a osteoporose, ou seja, a perda de massa óssea, que deixa os ossos mais fracos e com risco maior de fraturas.

Fonte: Biologia Hoje.

Cor da pele e diversidade

Sabemos que as diferenças na cor da pele das pessoas se devem a fatores genéticos e também comportamentais. Já foram identificados dezenas de genes que atuam na série de etapas envolvidas na produção de melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele. Além disso, a exposição ao sol aumenta a produção desse pigmento, mudando o tom da pele.

Mesmo que as possibilidades de tons de pele sejam quase infinitas, é muito comum as pessoas serem identificadas socialmente por sua cor dentro de um conceito de raça. Mas, como veremos com mais detalhes no Volume 3 desta coleção, para afirmar que duas populações têm raças diferentes uma da outra, é necessário que exista um conjunto de características exclusivo em uma das populações ou, pelo menos, muito mais frequente em uma delas do que em outra.

No caso da espécie humana, isso não é observado: a constituição genética de todos os indivíduos é semelhante. Há apenas uma porcentagem de genes que se diferenciam (aqueles ligados à aparência física, à cor da pele, etc.), não havendo, portanto, justificativa biológica para a classificação da sociedade em raças.

O conceito de raça é uma construção social historicamente usada para justificar preconceitos e discriminações que prejudicam toda a sociedade. A exploração de povos africanos pelos europeus, no Brasil e em outras regiões, é apenas um dos muitos exemplos em que o conceito de raça foi usado por um grupo para dominar outro.

No Brasil, a lei 7 716/89 de janeiro de 1989 prevê pena para crimes resultantes de discriminação ou preconceito de “raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Outras formas de discriminação, como em relação à orientação sexual e à identidade de gênero também devem ser fortemente combatidas. Cabe aos cidadãos e à sociedade promover o convívio com as diferenças e valorizar a diversidade cultural que enriquece o país. A cooperação entre os indivíduos é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, que combata a violência gerada pela intolerância.

Fonte: Biologia Hoje.

Cuidados com a exposição ao sol

Os filtros solares são classificados de acordo com um número chamado fator de proteção solar (FPS). Por exemplo, uma pessoa que utiliza filtro solar com FPS 15 (o índice mínimo que devemos usar) leva 15 vezes mais tempo para ficar com a pele vermelha ou irritada do que se estivesse sem ele.

Quanto mais sensível a pele, maior o fator de proteção necessário. A indicação do filtro solar mais adequado para cada tipo de pele deve ser feita pelo médico, que orientará também quanto ao tempo máximo de exposição ao sol. Esse tempo de exposição varia conforme o tipo de pele e o fator de proteção utilizado.

Mesmo com filtro solar, é preciso evitar a exposição ao sol entre as 10 horas e as 16 horas, aproximadamente, quando a radiação ultravioleta é mais intensa. Além disso, a proteção deve ser complementada pelo uso de chapéu e óculos escuros confiáveis, que bloqueiam os raios ultravioleta. A exposição excessiva a esses raios pode causar problemas nos olhos, como a catarata.

Na embalagem dos filtros solares, costumam aparecer as siglas UVA e UVB. Em Física, aprendemos que elas correspondem a duas faixas de comprimento de onda dos raios ultravioleta. Ambas podem provocar danos à pele.

A exposição ao sol, entre outros fatores, pode provocar a formação de tumores benignos e malignos (chamados carcinomas) nos epitélios. A maioria dos tumores tem cura total, mas alguns, como o melanoma, só podem ser curados em estágios muito iniciais. Por isso, além de evitar a exposição exagerada ao sol e de usar filtro solar, é preciso ir ao médico se notar: feridas que não cicatrizam; sinais com alteração de cor ou tamanho, com sangramento ou bordas mal definidas; verrugas que, com pequenos traumatismos, repetidamente coçam e sangram.

Fonte: Biologia Hoje.

A importância do leite materno

O leite materno é o melhor alimento para o bebê, sendo mais adequado do que as fórmulas comerciais preparadas a partir do leite de vaca. As vantagens são várias: é de digestão mais fácil; a probabilidade de causar reações alérgicas e prisão de ventre é menor; contém anticorpos que protegem a criança contra diversas doenças contagiosas. Além disso, em casa, no preparo do leite comercial, há mais riscos de contaminação por germes causadores de doenças, principalmente em locais sem água potável.

A amamentação também traz benefícios para a mãe. Além de aumentar o contato entre mãe e filho, o que é bom para ambos, diminui o risco de câncer de mama, acelera a volta do útero ao tamanho normal e evita hemorragias depois do parto.

Mas nem sempre é possível amamentar. Às vezes, por exemplo, a mãe precisa tomar certos medicamentos que podem passar para o leite e prejudicar a saúde da criança. As mães portadoras do vírus da Aids também devem evitar a amamentação, seguindo a orientação do médico para a escolha e o preparo do leite comercial.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que se alimente a criança exclusivamente com leite materno até os 6 meses de idade. A partir daí, outros tipos de alimento podem ser oferecidos, diminuindo a frequência da amamentação.

Fonte: Biologia Hoje.

Malformações do tubo neural

Falhas no fechamento do tubo neural podem provocar malformações que afetam o sistema nervoso e partes adjacentes, como a coluna vertebral. É o caso das anomalias conhecidas como espinha bífida, que podem ser leves, como quando ocorre falha de soldadura nas vértebras sem afetar a medula espinhal; ou mais graves, quando parte da medula se projeta para fora das vértebras. As formas mais graves de espinha bífida exigem tratamento cirúrgico.

Uma forma ainda mais grave é a anencefalia, em que a parte cefálica do tubo não se fecha e o cérebro está ausente. Nesse caso, o bebê morre, em geral, pouco depois do parto.

Essas malformações podem ser diagnosticadas durante a gravidez por exames como a ultrassonografia. Para diminuir o risco dessas malformações, o médico pode indicar a ingestão de uma vitamina, o ácido fólico, durante a gravidez.

Fonte: Biologia Hoje.