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sábado, 9 de abril de 2022

Problemas no sistema genital masculino

Muitos distúrbios podem afetar a saúde do sistema genital masculino. Em algumas crianças, um ou os dois testículos podem não descer para o escroto, caracterizando a criptorquidia (do grego cripto = escondido; orchis = testículo). Como há risco de esterilidade, é necessária uma avaliação médica.

A incapacidade de ter (ou manter) uma ereção por tempo suficiente para o ato sexual é chamada impotência. Pode ser causada por fatores psicológicos (estresse, ansiedade, frustrações, problemas conjugais) ou por problemas fisiológicos (doenças vasculares, uso de certos medicamentos, lesões nervosas, etc.). É necessário, portanto, um diagnóstico médico que indique o tratamento adequado. Vários medicamentos contra a impotência aumentam o efeito do óxido nítrico, gás que funciona como mensageiro químico em várias partes do corpo. Durante a estimulação sexual, ele provoca o relaxamento do músculo liso, o que aumenta o fluxo de sangue para o pênis e facilita a ereção.

Alguns homens podem apresentar problema de fertilidade. Aqueles que produzem menos de 20 milhões de espermatozoides por mililitro de sêmen são provavelmente inférteis, mas esse problema pode, em geral, ser resolvido com técnicas de reprodução assistida.

O câncer mais frequente em homens com mais de 50 anos é o de próstata. O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura. Por isso, homens com mais de 40 anos devem ir ao urologista anualmente. E devem procurar também o médico se sentirem dor ou ardência ao urinar, se aparecerem caroços, bolhas ou verrugas em torno dos órgãos genitais, se saírem secreções ou sangue pela uretra ou se o parceiro estiver com alguma infecção que possa ser transmitida por contato sexual.

Fonte: Biologia Hoje.

Homossexualidade

Em nossa sociedade, como em muitas outras, existem indivíduos homossexuais, isto é, que se relacionam sexualmente com pessoas do mesmo sexo.

Na adolescência, os sentimentos podem estar confusos, e a admiração que se tem por amigos do mesmo sexo – ou amigas, no caso das garotas – pode muitas vezes se confundir com atração física.

O desenvolvimento de atração física pelo mesmo sexo ou pelo sexo oposto nunca deve ser motivo de discriminação.

Pessoas apresentam características diversas e isso é importante para a sociedade. Todos devem ser respeitados, independentemente de diferenças de gênero, idade, etnia, classe social ou crença religiosa. Combater a violência e a intolerância é um dever de todos nós.

Garotas com ciúme umas das outras ou garotos com uma turma de amigos do mesmo sexo são exemplos de comportamentos típicos da adolescência e não caracterizam necessariamente a homossexualidade. No entanto, se alguém estiver desconfortável por causa de desejos sexuais, pode ser interessante conversar com um psicólogo.

Um último lembrete: caráter, talento e capacidade profissional não têm sexo nem são exclusivos de heterossexuais ou homossexuais. Não se deve avaliar uma pessoa por sua orientação sexual. Quem discrimina os outros não está ajudando em nada a vida em sociedade e acaba perdendo o direito de ser livre. Afinal, se alguém não respeita os outros, como espera ser respeitado?

Síndrome de Down

A mais comum das mutações cromossomiais é a síndrome de Down, que afeta um em cada mil recém-nascidos. O termo Down vem do nome do médico inglês que descreveu esse problema em 1866: John Langdom Down (1828-1896).

As pessoas com essa síndrome apresentam em geral sinais característicos, como língua para fora da boca (protrusa), altura abaixo da média, mãos curtas e largas com uma única linha palmar e olhos com uma prega cutânea na pálpebra superior, entre outras características.

Além da aparência, pessoas com essa síndrome costumam apresentar atraso mental em graus variáveis, com deficiência na aprendizagem, memória ou linguagem.

A qualidade de vida das pessoas com síndrome de Down e o desempenho físico e mental melhoram com inclusão social, atendimento especializado, cuidados e estímulos adequados iniciados desde o início do desenvolvimento. A síndrome de Down corresponde a uma trissomia do cromossomo 21, o menor cromossomo humano, com cerca de 1 500 genes. O cariótipo dos portadores dessa síndrome é representado por 47, XY + 21 (homens) ou 47, XX + 21 (mulheres), ou, quando não se quer indicar o sexo, 47, + 21.

A alteração pode ser descoberta após o nascimento ou logo no início da gravidez, por meio de exames. Na maioria dos casos, ela acontece por falha na meiose (geralmente na primeira divisão) durante a formação do óvulo.

A pessoa com síndrome de Down faz parte do universo da diversidade humana e tem muito a contribuir no desenvolvimento de uma sociedade inclusiva.

É importante que governo e sociedade lutem contra o preconceito e a discriminação para que a pessoa com síndrome de Down seja tratada e respeitada como membro efetivo da sociedade e tenha a oportunidade de interagir e desenvolver suas potencialidades. Essa é uma questão ética e de cidadania.


Fonte: Biologia Hoje.

Problemas com a clonagem

Primeiro, é preciso diferenciar clonagem reprodutiva – criação de cópias genéticas de um ser – de clonagem terapêutica – desenvolvimento de órgãos para transplante e tratamento de doenças.

Na clonagem terapêutica, são utilizadas células- -tronco, ou seja, células não especializadas, com capacidade de se dividir e originar outros tecidos. Elas podem ser retiradas de embriões, com poucos dias de desenvolvimento e com cerca de apenas cem células, descartados por clínicas de fertilização, por exemplo. Também são encontradas em alguns tecidos do organismo adulto, como a medula óssea, mas em princípio não apresentam o mesmo potencial de originar tecidos como as embrionárias.

Nesse tipo de clonagem, ainda em fase de pesquisa, não são formados novos indivíduos. O objetivo de tal técnica é produzir tecidos e órgãos para transplante.

A formação de órgãos a partir dessas células para transplante poderia resolver o problema da doação. As células-tronco utilizadas têm de ser imunologicamente compatíveis com o paciente para evitar a rejeição. Isso pode ser feito selecionando, entre as várias linhagens de células-tronco, as que são compatíveis, ou transferindo o núcleo de uma célula adulta do paciente para um óvulo do qual foi removido o núcleo. Então, do embrião com cerca de 5 dias seriam retiradas as células-tronco.

Também estão sendo realizados estudos para o tratamento de diabetes, câncer, mal de Parkinson, doença de Alzheimer, etc. O objetivo é transplantar células-tronco para se reproduzirem e regenerarem as áreas afetadas.

Nem todos os países aceitam a clonagem de embriões humanos para fins terapêuticos, e a maioria condena a clonagem com fins reprodutivos. Mas, mesmo na terapêutica, há problemas éticos. Embora algumas pessoas achem que os embriões utilizados sejam apenas um aglomerado de células, outras pensam que eles devem ser considerados seres humanos, com direitos como todos nós. Para essas pessoas, ainda que as células-tronco embrionárias estivessem sendo utilizadas para salvar vidas, estariam sendo sacrificadas outras vidas para isso.

Em toda essa discussão, é importante lembrar-se de que as aplicações das descobertas científicas precisam ser discutidas por toda a sociedade e, para isso, todos devem estar bem informados sobre essas aplicações, para que possam tomar decisões sobre seu uso.

Fonte: Biologia Hoje.

Fotossíntese: o início das descobertas

O conhecimento sobre a fotossíntese foi se expandindo ao longo de vários anos por meio de descobertas de diferentes pesquisadores.

No início do século XVII, pensava-se que as plantas absorviam todos os seus nutrientes do solo. Para testar essa hipótese, o médico belga Jean Baptiste van Helmont (1579-1644) cultivou uma muda de salgueiro em um vaso. Cinco anos mais tarde, constatou que o salgueiro estava quase 75 kg mais pesado, mas que a terra do vaso diminuíra em apenas 57 g. Van Helmont explicou essa diferença afirmando que, para crescer, a planta havia utilizado também a água usada para regá-la.

Van Helmont e uma representação de seu experimento.

Hoje sabemos que o aumento de peso da planta se deve também ao gás carbônico do ar, que é transformado em açúcares pela fotossíntese.

A primeira evidência de que os gases do ar participam da fotossíntese, e consequentemente do crescimento das plantas, foi obtida em 1772, com a experiência do químico inglês Joseph Priestley (1733-1804). Ele verificou que as plantas podem recuperar o ar “esgotado” por uma vela que queima ou pela respiração de um animal, ambos dentro de um recipiente fechado.

Já em 1779, o médico holandês Jan Ingenhousz (1730-1779) demonstrou que o efeito observado por Priestley só ocorria se a planta fosse iluminada. No escuro, ela consumia oxigênio, da mesma forma que o animal. Hoje sabemos que a planta realiza respiração celular, consumindo oxigênio o tempo todo, mas que, com luz suficiente, predomina a produção de oxigênio pela fotossíntese.

Fonte: Biologia Hoje.